domingo, 11 de março de 2012

Redenção


Tomei coragem, calcei meus tênis -aquele de fazer exercício, cheio de amortecedores- e parti pra Redenção. Fui caminhar, fazer uma atividade. Física. E mental. Fui observar as pessoas. Observar o mundo. Inferi que o que move o mundo é o amor. Sim, o amor. Quando sentei pra descansar meu corpo sedentário, olhei com mais atenção para um casal, que sentados na minha direção respiravam amor. Exalavam amor. Seus olhos eram amor. Suas bocas eram amor. Estavam eles, sentados na grama, trocando olhares e sorrisos, bitocas e beijões. Aquela cena me hipnotizou, e eu não consegui deixar de ser incoveniente e observá-los por mais um tempo. Que coisa mais linda aquilo! Como é bom estar apaixonado. E ser prontamente correspondido, é claro. Porém, isso me faz pensar nas pessoas que se negam ao amor. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. No entanto, muitas histórias de amor terminam em tangos e tragédias. Eu sei. Mas coitado do amor. É sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo. Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós. Por tudo isso, venho aqui dizer: Ame alguém.
Porque o amor sempre vale a pena.

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